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domingo, janeiro 28, 2007

uma cena de indignar não só os brasileiros mas qualquer um que tenha amor à sua pátria

Agora há pouco. o fantastico mostrou um Americano espizinhando a bandeira do Brasil, chingando os brasileiros que vivem nos Estados Unidos e urinado na nossa Bandeira. E pior, em Rede Nacional através de uma emissora de televisão.

Isso é uma afronta ao nosso país e ao principio do respeito mútuo consubstanciado no Direito internacional.
Indagado ao Ministério das Relações Exteriores qual sua posição, este nada respondeu. será porque se trata do Pais mais poderoso do mundo? e se fosse o contrário? com certeza haveria pedido de explicação e até retaliação.
O Brasil não pode assistir a uma cena de desrespeito e ficar só olhando pra ver a proxima cena.
Senhor presidente da REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL exija explicação imponha respeito, pois nós merecemos RESPEITO!!!!!








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quarta-feira, janeiro 24, 2007

JOÃO NINGUEM


É noite. O lixo e o mau cheiro reinam naquela rua estreita, atrás dos restaurantes de luxo. Cães e gatos devoram restos de alimentos.
De repente, os felinos se agitam anunciando a chegada de alguém. É João ninguém, um
mendigo que como os gatos e cães também vem revirar as latas de lixo à procura de comida para saciar a fome.
Tipo magro e feio, barba por fazer, camisa em tom azul amarelado, mais sujo que tecido, totalmente esfarrapada. Calça jeans (se é que se pode chamar aquilo de calça), pois tem mais buracos que a camada de ozônio. Olhar triste e sem brilho, pele suja, cabelos grisalhos arrepiados e cheirando mal – pois há tempos não sabe o que é um banho.
A porta do restaurante se abre e João fica perplexo com tanta fartura. Lembra-se então, de quando era comerciante bem conceituado na cidade de Orós. Bons tempos aqueles: era casado, - esposa, três filhos e uma vida folgada. Até que um dia, apareceu por lá tal Zé do jogo, que convidou João para tentar a sorte, pois segundo ele trabalhar não valia a pena.
Dali em diante, João não se interressou mais por nada. Tudo que vendia era pra gastar na birosca do Zé, jogando e bebendo noites a fio. Quando a nega Zefa falava, João que até então nunca tinha lhe maltratado, virava uma fera e certa vez até deu uns tapas naquela que só queria lhe proteger.
O tempo passou, veio a seca terrível e João estava sem nenhum tostão, totalmente quebrado, tudo que tinha, havia gastado com jogo e bebida. Resolveu então, tentar ganhar a vida em São Paulo, deixando para trás a Zefa, a Zefinha, aquela que foi sua paixão e seus três filhinhos.
Ao chegar à cidade grande, sem oficio, começou a fazer bicos, trabalhava aqui e acolá, o que ganhava mal dava para alimentar-se. Até que não arranjou mais nada pra fazer e virou mendigo.
Agora, recordando os bons tempos, os olhos fundos e negros enchem-se de lagrimas. – onde será que se encontra minha querida Zefinha? Talvez esteja morta pelos maus tratos da vida dura da roça. E meu joãozinho? Garoto lindo, esperto, sabido, que sempre me perguntava: - papai: jogar e beber é bom? Pois o senhor bebe e joga demais! E Mariazinha? Que aperto! Que dor no meu coração que ora extravasa e parece que vai parar. Onde está a linda! A preta do pai? E o mais novo? Era o mimo, a graça da casa cabelos castanhos amarelados que nem os meus. Pulava que nem carrapeta quando ia me aproximando de casa. Gritava: papai chegou! Papai chegou!
E agora João! João sem nome! João ninguém! Cadê você? Sua família? Quinze anos se passaram e nem uma noticia! E agora o que resta de você? Somente trapos, um farrapo humano no meio daqueles que se julgam seres humanos.
Mas, - pensava ele, não será por muito tempo, pois a fome, o frio e a tosse que lhe atormenta sem parar, o levará para o além-túmulo. A morte que se aproxima será o remédio.
De repente, após lhe passar pelas vistas todo seu passado triste, João que não conteve nem estancou o choro, soluçando baixo, - pois suas forças já lhe faltam, é acordado do seu estado absorto por um funcionário do restaurante que o escorraça xingando palavrões e lhe empurrando com truculência.
A porta do restaurante se fecha e tudo vota a ser como era antes: uma rua escura, o mau cheiro, e o silêncio que ora é quebrado pela arrastar cambaleante do mendigo João ninguém, o João do armazém de outrora que existia lá pras bandas de Orós.Autor:
Raimundo Melo
Obs. Esta é uma historia de ficção, qualquer semelhança será mera coincidência.